Os fabricantes de painéis solares fotovoltaicos deverão passar por um momento de instabilidade por causa de uma oferta de produtos e insumos muito maior do que a demanda.
Segundo a Bloomberg, esse desbalanceamento entre oferta e demanda tem causado uma redução nos preços dos insumos e, por consequência, gerado um número maior de demissões nas fábricas, sobretudo na China, a maior fabricante deste tipo de equipamento.
Isso acontece porque, em razão da oferta maior do que a demanda, muitas empresas se veem obrigadas, neste momento, a demitir mão de obra ociosa.
A LONGi, uma das maiores fabricantes de painéis solares do mundo, por exemplo, demitirá cerca de 4 mil funcionários.
Apesar do cenário de instabilidade, a Bloomberg destaca que as previsões apontam para uma normalização do setor e por uma procura mais robusta dos insumos fotovoltaicos chineses em breve.
“Os custos dos painéis solares caíram muito em meio ao enorme excesso de capacidade das fábricas chinesas. Embora os custos sejam baixos, as companhias estão tendo que apertar os cintos e se esforçar para superar esse problema”, disse Dan Murtaugh, repórter da Bloomberg.
O profissional ressalta, contudo, que a maioria das empresas chinesas seguirão tendo um “futuro brilhante” com a energia solar, mesmo que passem por um período de maior competição e lucros mais baixos do que o habitual.
“Como há muita capacidade (de energia solar disponível), isso terá que ser eliminado (pelas empresas do setor chinês”, disse Murtaugh.
No ano passado, o mundo instalou mais de 440 GW de capacidade solar por meio dos insumos chineses. Para 2024, essa marca deve passar dos 500 GW.
“São números incríveis comparados com alguns anos atrás, quando havia menos de 100 GW”, disse o repórter da Bloomberg, ao reforçar a força que a energia solar vem adquirindo globalmente.
da Canalsolar